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O Doge foi publicado em 1962 pela Moraes Editora. Na capa e na lombada figurava o nome do seu (suposto) autor, Arquiduque Alexis‑Christian von Rätselhalf und Gribskov, e na página de rosto vinha indicado o nome de M. S. Lourenço como tradutor da obra.
O conjunto de narrativas com o título O Doge foi profundamente e que M. S. Lourenço, integrou na «produção automática» a que associou os escritos da sua primeira fase foi revisto e acrescentado na edição de 1998.
A obra poético-literária de M.S. Lourenço demarca um lugar difícil de se definir na literatura portuguesa, pela surpreendente aglutinação e desequilíbrio do real, do quotidiano e do surreal, o nonsense, o humor, o permanente filtro da angústia, a crítica, a encenação e a máscara da própria obra, a irreverência, a liberdade, a interrogação, o enigma, os mitos, o mistério, a procura mística, a certeza da morte, a reflexão filosófica, teológica, metafísica, escatológica, a fantasia, o sonho, a constante criação, recriação e aperfeiçoamento de linguagens, convergindo na meditação da própria língua portuguesa.