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Edição de 1977 das Publicações Dom Quixote
Tradução de Luís Pignatelli
Caracteriza sem dúvida Pablo Neruda, entre outros dons, a sua extraordinária faculdade de inventiva, que o leva sem cessar a exprimir-se com novos ritmos, com novas formas. A sua renovação é constante em todos os aspectos. Não lhe bastam, dir-se-ia, o novo tema, a situação alterada.
Nas Odes Elementares, como o seu título sugere, Neruda aplica-se a contar as coisas simples do mundo, com uma técnica deliberada e igualmente simples, mostrando assim uma nova fase do seu estro. Do profundo canto de amor ao simples nomear das coisas elementares, do canto às Américas e ao homem ao poema político, Neruda aflora todos os temas. Tudo aquilo em que toca converte em poesia.
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