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Apostado em libertar os seus leitores do terror de ficções absurdas e seculares, em iniciá-los no livre exame e na recusa do que à razão não surja como lógico, Diderot satiriza nesta obra os costumes conventuais então (hoje?) vigentes. Susana Simonin - A RELIGIOSA- revoltada contra a violência de uma sociedade que a quer constranger à prisão da clausura e privá-la da ilusão e do amor, denuncia a corrupção de um convento.
Duas leituras de Diderot são aqui possíveis: uma, a da condenação da vida claustral, onde o misticismo e o fanatismo agressivos servem, por vezes, a repressão dos instintos; outra, a da exaltação da inocência de Susana que, acima de tudo, pretende reconquistar o seu espaço de vida. Ambas convergem, porém: trata-se de uma luta pela liberdade.
Jacques Rivette transpôs esta obra para o cinema, com diálogos de Jean Gruault e Ana Karina como protagonista.