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Ruy Duarte de Carvalho faz em A Terceira Metade um percurso que atravessa várias áreas do conhecimento institucionalizadas no Ocidente, não apenas como suporte metodológico-narrativo, como também para uma crítica à relação da ciência com as ideias imperialistas, começando desde logo na própria geografia ou cartografia. Ainda que genericamente inscrita no que se convencionou apelidar de romance, a obra manifesta algumas das recorrências da obra ficcional do autor, ao enlaçar a narrativa com estudos das áreas da antropologia/ etnografia, em contrapelo à lógica eurocêntrica da visão mais clássica destas ciências.