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O novo romance daquela a que todos chamam a «Ferrante de Bari».
Teresa e Angelina são duas irmãs diferentes em tudo: a primeira, a narradora desta história, é tão mais delicada, reservada e silenciosa, quanto a segunda, e mais nova, é cheia de vida, curiosa e impertinente.
Estamos no início dos anos 40, em Cupertino, nas terras de Arneo, uma extensão imensa de campos cultivados no coração da Apúlia. É aqui que ambas crescem, numa família de camponeses, pobres mas cheios de recursos. Os seus avós são exímios contadores de histórias: com eles, defronte da lareira, salteadores, lobos e bruxas ganham vida; à sua mãe, Caterina, calhou-lhe em sorte uma beleza mourisca e orgulhosa, que captura o olhar de todos os homens, incluindo o do latifundiário mais importante da aldeia. «A tua beleza é uma condenação», repete-lhe constantemente a avó Assunta. Uma beleza, e uma condenação, que passaram em herança para Angelina.
Quando o pai parte para a guerra deixando as três mulheres sozinhas, Caterina não tem outra arma senão a sua beleza para sobreviver, e será obrigada a ceder a um terrível compromisso. Depois disso, começa a ser perseguida pela maledicência, pelo coscuvilhar das más-línguas. Esta vergonha, que infecta toda a família, terá em Angelina um efeito contrário: ela, que não suporta viver na pobreza, irá procurar impudentemente um amor igual ao das histórias de encantar.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um retrato dramático da difícil realidade do Sul de Itália, que nos lembra os filmes neorrealistas e o cenário de A Amiga Genial, de Elena Ferrante.»
Corriere della Serra