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Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, revela algumas das vivências, talvez pouco conhecidas até agora, que partilhou ao longo dos 42 anos de amizade e colaboração com o primeiro Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, personalidade emblemática da sociedade portuguesa contemporânea. «Senti que a história precisava delas, por já ter sido amputada, por não ser o próprio a escrevê-las, pois seriam mais completas e enriquecidas», sublinha o autor.
No prefácio, o general Ramalho Eanes evoca a relação de Santa Madre Teresa de Calcutá com D. Manuel Martins, e recorda o seu papel, determinante, quando, na península de Setúbal, «a crise económica e a falta de resposta do poder político atropelaram a verdadeira liberdade de muitos, esmagaram, com o desemprego e os salários em atraso, a sua dignidade, fragilizaram a própria solidariedade».
«Conseguiu, D. Manuel Martins, ter uma vida cheia, uma vida boa, porque constitui verdadeira referência inspiradora de todos quantos, genuinamente, se preocupam com a dignidade "de todos os homens e do Homem todo"».
É sobre uma parte dessa extraordinária biografia que este livro fala.