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"Um dia, em 1961, fui ver uns amigos na região mineira onde vivi em tempos. Contaram-me a história de uma jovem operária que roubava, para o seu amante, flores nos cemitérios. A sua imagem não me largava e diante dos meus olhos desenhava-se o destino de uma mulher jovem para quem o amor e a carne eram mundos separados, para quem a sexualidade estava nos antípodas do amor. Uma outra imagem se vinha juntar em contraponto à da rapariga que roubava flores: um longo ato de amor que não era em realidade senão um soberbo ato de ódio. Assim nasceu a ideia do meu primeiro romance, que acabei em dezembro de 1965 e a que chamei A Brincadeira."