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PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA 2004
“Isto é brutalidade contra uma pessoa indefesa, e, por isso, desnecessária, diz Sophie, e puxa pelos cabelos do homem, que jazia no chão em desalinho, com tanta força que lhos arranca. O desnecessário é precisamente o melhor, diz Rainer, que ainda quer lutar. Foi assim que combinámos.”
Viena, final dos anos 50. Um homem está a dar um passeio num parque. Ele vai ser espancado por um grupo de adolescentes, não por causa do seu dinheiro – ele até tem algum –, não por causa de algo que possa ter feito, mas porque os jovens assim o decidiram; eles são arrogantes e violentos, e são-no por prazer. Esta arrogância é a forma que eles encontraram para reagir perante o cadáver em putrefacção que é a Áustria, onde toda a gente tem um esqueleto no armário recheado de antecedentes nazis, perversões sexuais e ódio aos estrangeiros.
“Um romance brilhante, um impiedoso e arrepiante retrato da Áustria do pós-guerra.” Publishers Weekly
“A escrita é tão poderosa que o livro se lê como se não tivesse sido escrito mas como se o espírito demoníaco da autora possuísse primeiro um rapaz e a seguir uma rapariga, uma estrutura, uma coisa, uma totalidade, para contar a sua horrível verdade.” The Scotsman
“Uma obra arrebatadora.” The Guardian