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Existem muitas tradições quase milenares que ainda hoje continuam a ser exercidas e que acabam por resultar no oposto daquilo por que imensas mulheres se bateram durante tanto tempo: o seu direito à igualdade social, jurídica, religiosa e política. Na Índia do século XXI, ainda se pratica uma velha tradição que permite à família do noivo matar a noiva no caso de não ficar satisfeita com o dote dela. E em algumas tribos bastante primitivas as mulheres são escorraçadas para fora do núcleo habitacional durante "aquela altura do mês", por serem consideradas, precisamente nessa fase, como as seguidoras do diabo, feiticeiras negras e mulheres impuras. Também no campo dos direitos humanos, ainda hoje acontece a maior violação à mulher que será possível imaginar: a mutilação dos seus orgãos genitais. O Feminismo não se resume à queima de soutiens em plena praça pública. É bastante mais do que isso: é um processo longo, ainda por concluir, de profundas transformações estruturais da sociedade e das mentalidades. Pode ser considerada uma feminista aquela que toda a vida manifestou a sua opinião sobre os direitos da mulher e que tenha lutado pela igualdade dos sexos a todos os níveis. Milhares de mulheres bateram-se por esta igualdade em modos e tempos diferentes, são mulheres do passado, do presente e as jovens de hoje serão as mulheres de amanhã...