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A Maneira de Pensar o Urbanismo de Le Corbusier reflete a busca por uma cidade moderna e harmónica, que organiza as funções urbanas em sectores e utiliza o edifício como uma máquina de habitar, livre das amarras tradicionais. A sua concepção, exemplificada na Cidade Radiante, propõe o uso de pilares para criar espaços públicos para circulação e a integração do homem no meio ambiente, visando a harmonia social e a funcionalidade da cidade.
Le Corbusier concebeu a cidade como um corpo humano, dividindo-a em sectores que correspondem à cabeça (funções administrativas e de comércio), coluna (transporte) e membros (habitação). As cidades seriam divididas em sectores distintos, como áreas industriais, comerciais e residenciais, com o objectivo de organizar as actividades urbanas de forma eficiente.
Para liberar o solo e criar espaços públicos, Le Corbusier propôs a construção de edifícios sobre pilares, elevando as construções e permitindo o livre fluxo de pessoas no piso térreo. A ideia era criar uma cintura verde em volta de centros urbanos densos, com cidades jardim que abrigariam parte da população, e torres que concentrariam áreas de serviço e comércio.
A arquitetcura e o urbanismo deveriam responder às necessidades da vida moderna com racionalidade e funcionalidade. A Cidade Radiante foi pensada para as classes menos ricas, buscando uma maior integração social e preocupação com o ambiente, em contraponto às tragédias sanitárias do século XIX.
Le Corbusier é um nome consagrado na história da arquitectura francesa e um dos maiores artistas contemporâneos. Deve-se-lhe uma das primeiras tentativas sistemáticas de devolução da sociedade moderna ao seio da harmonia, arrebatando-a à incoerência em que se debate. Numa era em que tudo é disponível, as máquinas, os transportes a organização industrial, a administração, a ciência pura e a ciência aplicada, em que tudo é praticamente preexistente, impõe-se uma tarefa ciclópica, esta de trazer o homem ao bom senso de forma harmónica, primeiro passo para a felicidade verdadeira, que se opõe à facilidade de um mundo novo pré-estruturadamente feliz.
Eis o que nas páginas deste livro célebre, com uma clareza sumamente corajosa, se expõe como paradigma da reconstrução do terreno batido.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 1977
- Páginas: 211
- Dimensões: 18 x 11,3 cm