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Ao abrir-se esta ensombrada e inquieta segunda metade do século XX, o novo livro do Doutor Alexis Carrel, que agora oferecemos, em versão portuguesa, ao público de Portugal e Brasil, ficará, por certo, a marcar uma data de notável relevo nos anais da história do pensamento humano.
Vive o mundo, no momento que passa, as horas mais dramáticas da sua existência multissecular. Naufragaram os sistemas. Faliram as ideologias. As mais engenhosas e promissoras doutrinas, arquitectadas por filósofos e pensadores, e postas em prática por homens de Estado, políticos, economistas e pedagogos, assistem, na hora presente, aos funerais de uma civilização, que elas próprias forjaram, alheias à grande e silenciosa lição da natureza e da vida.
Perante um mundo que parece desmoronar-se, sacudido pelo ciclónico vendaval do erro e da mentira, há que salvar e seguir, a todo o custo, as inelutáveis leis da Vida. Perante um mundo ansioso, à deriva, em riscos de subverter-se, importa pregar a urgente cruzada do regresso aos caminhos da salvação aos caminhos que conduzem ao triunfo da Vida.
Tem a palavra Carrel.
Em O Homem Perante a Vida, Carrel continua, amplia e remata a notabilíssima lição de O Homem, Esse Desconhecido.
Constituindo como que o seu testamento espiritual, esta nova obra do laureado cientista e emérito pensador, quer pela profundidade dos conceitos, sàbiamente articulados e sempre cintilantes, quer pela actualíssima e transcendente importância de que se reveste, sobrepuja, em certos aspectos, tudo o que anteriormente escrevera.
Uma vez mais, e mesmo para além da morte, o verbo inspirado do eminente sábio, alteia-se, como um facho luminoso, nos horizontes sombrios do mundo. Escutemos o instante apelo da sua mensagem. Que as suas eloquentes palavras apontem aos homens do século XX as redentoras estradas do Futuro.
Tradução de Cruz Malpique, Professor do Liceu Alexandre Herculano do Porto
Alexis Carrel (1873-1944) contribuiu, de forma determinante, para o desenvolvimento da medicina e da cirurgia. Embora francês, desenvolveu a maior parte da sua actividade de investigação nos Estados Unidos. Em 1906, integrou o Rockefeller Institute for Medical Research, de Nova Iorque, onde aperfeiçoou a técnica de anastomose e continuou a trabalhar em transplantes, enxertos de pele e conservação de tecidos. Foi nesta instituição que desenvolveu a maior parte dos trabalhos que o levaram, em 1912, a receber o prémio Nobel da Medicina.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 1959
- Páginas: 319
- Dimensões: 19,4 x 13,3 cm