A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas: Pedagogia da essência e a pedagogia da existência

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A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas: Pedagogia da essência e a pedagogia da existência
Autor(a)
Bogdan Suchodolski
Editora
Livros Horizonte
Género Literário
Não ficção
Sinopse

O livro de Bogdan Suchodolski procura oferecer uma leitura sintética das grandes correntes do pensamento pedagógico, a partir das suas raízes filosóficas. Frente à multiplicidade de classificações existentes (Kneller, Gilbert, Saviani), Suchodolski propõe um quadro mais abrangente: a oposição entre pedagogia da essência e pedagogia da existência, fundamentada na controvérsia filosófica entre a essência e a existência humanas.

Embora reconheça a importância de analisar também os condicionantes sociais, o autor restringe-se à análise interna da problemática pedagógica. Assim, realiza uma “viagem” histórica que vai de Platão a Dewey, passando por Aristóteles, Santo Agostinho, Rousseau, Nietzsche, Bergson, Freud e muitos outros, interpretando cada um à luz do binómio essência/existência.

Na primeira parte, destaca-se o papel da Teoria da Evolução no fortalecimento inicial da pedagogia da existência, rapidamente apropriada pela pedagogia da essência de forma distinta: a primeira privilegia o processo de aprendizagem; a segunda, o produto lógico e histórico. Também analisa tentativas de síntese, como a pedagogia da essência do grupo (ex. Durkheim), que leva a uma dualidade entre o individualismo trágico e o “existencialismo coletivo” nacionalista – terreno fértil para ideologias autoritárias.

A segunda parte examina os esforços contemporâneos para superar o conflito. Suchodolski defende que tanto a educação como o sistema social devem ser pensados “à escala do homem”, analisando teorias centradas na criança e o problema da transição para a vida adulta. Critica Bertrand Russell por uma “fé utópica” na transformação social, vendo nisso um desvio conformista. Explora ainda os debates desenvolvimento vs. adaptação, pedagogia do grupo social vs. pedagogia da cultura, concluindo que o antagonismo essência/existência permanece irresolvido.

O essencialismo surge como nova tentativa de superação, estruturando o ser humano em níveis psicobiológico, social, cultural e metafísico, e valorizando este último. Maritain e o personalismo católico são exemplos. Porém, esta corrente tropeça no problema de traduzir princípios universais em ação concreta, levando Sartre a criticar as perspetivas supra-históricas.

Na conclusão, Suchodolski afirma que não existe caminho da pedagogia da essência para a vida nem da existência para o ideal. Defende uma síntese entre ambas, inviável nas condições da sociedade burguesa. Propõe então uma “Educação Virada para o Futuro”, que parte do homem historicamente situado (existência) e projeta um ideal transformador (essência). A educação deveria criar condições para que “a existência do homem se torne matéria-prima da sua essência”.

Paradoxalmente, ao enfatizar a educação moral, o desenvolvimento interior e a transposição dos ideais universais para a vida quotidiana, Suchodolski aproxima-se do idealismo que criticou. O livro encerra apontando uma “porta” – a valorização da vida interior –, mas sem oferecer soluções concretas, deixando um vazio final deliberado.

  • Encadernação: capa mole
  • Ano: 1984 (3.ª ed.)
  • Páginas: 124
  • Dimensões: 18,3 x 12,3 cm
Idioma
Português
Preço
5.00€
Estado do livro
Exemplar em bom estado, com assinatura de posse na folha de guarda. Sublinhados a lápis em algumas páginas.
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