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Uma herança levou Nuno à profissão de livreiro, o coração levou-o a Isabel. Naquela vila templária ninguém duvidava de que Nuno e Isabel, os namorados que coleccionavam sorrisos, acabariam um dia por casar.
Um encontro acidental põe à prova um amor que parecia imune à tentação. E as coisas complicam-se quando entram em cena um feiticeiro que perdeu o sorriso e não desiste de o encontrar, um tio desaparecido durante as cerimónias religiosas em Fátima, ou os participantes de uma não menos estranha tertúlia na misteriosa sala de um restaurante madrileno.
Entre a calmaria da Beira Baixa e a agitação de Madrid, dos mosteiros ortodoxos da Grécia ao enigmático deserto marroquino - com a poesia de Eduardo Guerra Carneiro como fundo - há paixões que nascem e morrem, promessas que não se cumprem. Porque todos podemos ser tentados um dia e deitar tudo a perder. O sorriso e o próprio coração.
Excerto
«Nunca consegui perceber muito a fundo, ou teria medo de perceber, porque choraste calada quando leste o papel azul, Isabel, emocionada com elas, essas palavras tão minhas e por mim ajeitadas em letra escorrida, como se as falasse:
Tento que gosto, assim, quando vens ter comigo, daqui a meia hora, não muito mais, saída desse sono do qual te puxei com a leveza que mereces. Tanto que gosto, assim, melhor que ir-te buscar ou tu a mim. Porque aqui fico pousado a olhar os peixes, os barcos e “as raparigas em flor”. Nesta espera, a fazer-se, o melhor do dia chegará contigo. »
Inclui marcador próprio.