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«O grande mundo que conheci na minha infância e juventude desapareceu. Deixou de existir. Sou o último homem que estava vivo nos dias da peste e que conheceu as maravilhas daquela época longínqua. Nós, que dominámos o planeta — terra, mar e céu — e que éramos como deuses, agora vivemos na selvajaria primitiva.»
2013. Uma pandemia incontrolável — a morte vermelha, a praga escarlate — varre o planeta e faz ruir a civilização. O mundo colapsa e retrocede à barbárie: reina o medo, impera o isolamento, vagueiam saqueadores em cidades despovoadas. Sessenta anos depois, James Smith, o último sobrevivente dos dias da peste em São Francisco, narra aos netos incrédulos as histórias e memórias do seu tempo, enigmáticas para os pequenos selvagens de uma nova era. Ficção pós-apocalíptica tão breve como impressiva sobre a fragilidade da vida na Terra e a nossa vulnerabilidade, A Praga Escarlate (1912) ecoa sonoramente no presente.