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Amaro Vieira, recém-chegado a Leiria, conhece Amélia Caminha, filha da dona da pensão onde fica hospedado. Apaixonam-se.
Nada de invulgar teria esta história, não fosse Amaro um padre atraído pela transgressão e pela vertigem do amor proibido.
Mais ainda: ele não teme a reprovação dos outros membros do clero, mergulhados também numa rede de perversa ocultação e fingimento.
Num meio provinciano em que as aparências ocultam a realidade, Eça de Queiroz desvenda a hipocrisia das suas personagens, numa devastadora e impiedosa crítica à decadência moral do clero.
Em tempos, um livro censurado e impregnado de um erotismo esconso a roçar o sórdido, o primeiro romance de Eça de Queiroz, que contou com três versões ao longo da vida do autor, é aqui cuidadosamente fixado de acordo com a versão de 1889 - a última.
Com marcas de tempo.