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«Acusou o público e a cidade de estupidez. Que admirava que uma burguesia embrutecida e de crânio mole fosse indiferente à Poesia e às ideias nobres? Ser poeta num mundo tão torpe era uma "chapada tolice".»
Artur Corvelo é um jovem de grandes aspirações: alimentado pela vida boémia e literária que conheceu nos seus tempos de Coimbra, acalenta agora tornar-se um grande poeta. Para mal dos seus pecados, a morte súbita do pai obriga-o a voltar para Oliveira de Azeméis, terra enfastiosa onde mora a sua única família, as tias Sabininha e Ricardina. A não ser que… um padrinho com quem raramente conviveu lhe legue uma boa maquia de dinheiro. É assim que Artur se vê a caminho de Lisboa, essa bela cidade onde se realizam todos os sonhos. Ou assim acha ele. Mas um mal nunca vem só, para mais quando se é um mancebo perdido no meio da súcia de pelintras, caloteiros, cobardes, debochados, imbecis e bêbedos da magnânima Capital. Este romance foi o último projeto em que Eça de Queiroz trabalhou, mais tarde concluído e revisto pelo seu filho José Maria d’Eça de Queiroz, que o havia de publicar em 1925.