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Até praticamente às últimas décadas do século XIX pouca atenção se havia dado às relações existentes entre ciência e cultura. Ora, desde sempre, sobretudo a partir do século XVII, o que entendemos por cultura, particularmente as suas vertentes filosófica, histórica, literária e artística, se interessou, não raro intensamente, pelo imenso acervo de saberes e de reflexões do mais diverso teor e alcance que as ciências e as suas filhas dilectas, como as tecnologias, têm vindo a construir. E, com isso, recebendo dos domínios científicos um quase inesgotável manancial de conhecimentos sobre as infinitas possibilidades da natureza, as humanidades e as artes retribuíram-lhes com novas dimensões nascidas da fantasia e da imaginação.
Seguindo uma tendência que, nos últimos tempos, se tem vindo crescentemente a afirmar na crítica literária e artística, assim como nos estudos de cultura, o presente volume visa, mediante um conjunto de textos, perspectivar alguns aspectos daquelas relações, focando principalmente diversas formas de ficcionalização da ciência britânica nos séculos XIX e XX. Para além de se avançarem algumas questões teóricas referentes a estes contextos e enquadramentos, sugerem-se, em vários estudos, articulações entre áreas como a literatura, a pintura, o cinema, a psicologia, a teologia ou o espiritismo, e as diferentes esferas disciplinares entre as quais a geografia, a paleontologia, a frenologia, a biologia evolucionista ou a física relativística.
Detalhes do livro:
Editora: Caleidoscópio / FCT, 2012; med.: 17,2 x 23,3 cm; 244 pg.