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Pego mais uma vez na caneta para registar um momento importantíssimo para os homens (e, graças a Deus, como este é um diário secreto, não tenho que acrescentar «e para as mulheres»).
É assim que começa o mais recente dos volumes do diário de Adrian Mole. Encontramo-nos no limiar de uma nova era política na Grã-Bretanha. Os trabalhistas preparam-se, pela mão de Tony Blair, para assumir os destinos da Nação. A viver em Londres, onde é um cozinheiro de sucesso num restaurante da moda, no Soho, Adrian regressa a casa para votar na sua amada de sempre, Pandora Brathwaite, bela e elegantemente vestida candidata trabalhista. No Leicester, todos os membros da família Mole esperam que a eleição lhes traga riqueza, realização e felicidade pessoais. Pois o número 17 de Wisteria Walk é um verdadeiro turbilhão das angústias do final do século vinte.
Em Londres ou no Leicester, no Soho ou na província, Adrian, agora com 30 anos e 3/4, continua igual a si próprio. A crónica dos últimos anos do século é feita com uma com uma espontaneidade desdenhosa, as suas preocupações continuam: ficará a Estrutura do Milénio pronta a tempo? Tomar Viagra será batota? Por que razão a BBC não quer produzir A Carrinha Branca, a sua comédia sobre assassínios em série? As partidas que o mundo lhe prega continuam a surpreendê-lo.
Na Idade do Capuccino de Adrian Mole é um retrato hilariante da actualidade inglesa e, tal como a bebida, está coberto por uma espuma deliciosa que adoça as angústias do início de milénio.