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«Não me interessas e já não tenho medo de ti. Não me interessas, já não me preocupo em saber quem tu és para mim. […] Estás desfeito, lutei, venci, já não me dizes respeito.»
A Dr.ª Susane — 42 anos, advogada em Bordéus — recebe a visita de Gilles Principaux, que lhe pede para representar a sua mulher, Marlyne, acusada de um horrendo homicídio. Susane julga reconhecer neste homem o rapaz com quem se cruzou certa tarde, décadas antes. Desse encontro, guarda a reminiscência difusa de uma paixão fulgurante, mas é incapaz de recordar o que aconteceu realmente naquele dia, naquele quarto. Quem é Gilles Principaux? Pai e marido dedicado, ou um homem manipulador e impiedoso?
A Vingança É Minha evoca a atmosfera tensa e a energia convulsa dos romances de Elena Ferrante, ou a densidade psicológica dos livros de Patricia Highsmith. Propulsionado por uma inquietação nuclear, eis o retrato vívido de uma mulher enredada na incerteza da sua própria história: uma incerteza que ameaça precipitar a sua ruína.
(A referir apenas uma pequena marquinha, que já recebi assim do transporte) - ver última foto