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SINOPSE
O que têm as ciências sociais a dizer-nos sobre a sociedade? Poderão elas ajudar-nos a compreender o mundo e a agir para o mudar? Se nos dermos ao trabalho de olhar mais atentamente a produção dos investigadores, para lá dos escassos grandes intelectuais que monopolizam a atenção dos media, a resposta a estas questões é um pouco embaraçosa. A verdade é que a maioria dos especialistas em ciências sociais parecem ter renunciado ao político. Atrás dos muros da sua disciplina ou da sua subdisciplina, já não sabem interrogar a época em que vivem, nem responder à exigência democrática que brota por todo o lado. As formas e as causas desta «demissão dos letrados» são, aqui, exploradas por Alain Caillé, de uma forma rigorosa neste ensaio estimulante. Um livro que é mais que uma crítica da investigação e das ideias contemporâneas. Propõe as bases de um programa de trabalho para as ciências sociais: sem nada ceder quanto às exigências de um saber preciso e rigoroso, elas têm de inventar novas formas de cidadania que sejam universalizáveis, e, simultaneamente, capazes de reconhecer as singularidades históricas e culturais onde os homens vão procurar as suas razões de viver e de esperança.