Águias e Anjos

Em parte uma história de amor e um thriller policial, este livro de Juli Zeh é dinâmico, contemporâneo e cheio de um imaginário poético muito denso, fazendo-nos querer sempre saber o que se seguirá e quase sorver as páginas do início ao fim de uma só tirada.

Jessie morreu. Suicidou-se durante uma conversa ao telefone com Max. Max é um jurista bem sucedido e trabalha numa importante firma de Direito Internacional em Viena. Mas quando Jessie ­ amiga dos tempos de universidade e filha de um traficante de droga ­ reentra na sua vida, o seu amor e preocupação pelo estado desesperado e decadente em que esta se encontra, apodera-se de si.

O suicídio de Jessie envia Max para um estado de alheamento da vida, induzido pela droga. Ainda consciente, procura ajuda anonimamente, através de uma chamada para um programa de rádio nocturno...

... E assim começa "Águias e Anjos"

CRÍTICAS DE IMPRENSA

"Águias e Anjos pode ser lido de modos diversos. Como um romance sobre as virtudes do consumo de cocaína; sobre os problemas que o consumo regular de cocaína impõem; sobre um homem que perdeu uma mulher a quem amava; sobre um homem que perdeu o amor e o tenta reencontrar, ou ainda, sobre a morte e a incapacidade de os humanos lidarem saudavelmente com a possibilidade da sua falência emocional e física. Esta diversidade é apelativa, embora o tom cru, cruel, atinja o leitor nas entranhas."

Ruben P. Ferreira, Fevereiro de 2006

" 'Águias e Anjos' [...]tornou-se um best-seller na Alemanha, e depois um êxito internacional. [o livro] tem a estrutura de um 'thriller', e é uma história desencantada de tráfico, guerra, e amor implacável, num cenário social e político violento, habitado por personagens impiedosas. O tom é sarcástico, neutro, ou poético, por vezes no limite da pieguice, um pouco como a mistura de 'A Espuma dos Dias' de Boris Vian e a 'Betty Blue' de Jean-Jacques Beneix."

Tereza Coelho, Público, Mil-Folhas