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Este livro fascinante descreve as experiências dramáticas dos refugiados judeus, quando fugiam do regime de Hitler e, depois, viviam num limbo em Portugal, até conseguirem chegar a refúgios mais seguros no estrangeiro. Ao chamar a atenção não só para as convulsões sociais e físicas que esses refugiados enfrentaram, Marion Kaplan também salienta os seus sentimentos, ao abandonarem a sua casa e a sua história, ao mesmo tempo que tinham de suplicar a bondade de estranhos. O ditador de Portugal, António de Oliveira Salazar, aceitou o número mais elevado de judeus em fuga para o Ocidente - foram dezenas de milhares - mas, depois, lançou a sua polícia secreta contra aqueles que não seguiram o seu caminho com a rapidez esperada. Todavia, o povo português deixou nos refugiados uma recordação duradoura de compaixão e generosidade.
CRÍTICAS
«O livro mostra que o tema dos refugiados e o papel de Portugal e dos portugueses durante a Segunda Guerra Mundial já saltou fronteiras. O facto de a autora não ser portuguesa acrescenta novos conhecimentos, pois, ao escapar tanto à elegia elogiosa como à crítica preconcebida, apresenta várias facetas e contradições de um país através do qual refugiados em trânsito se salvaram, mas enfrentaram dificuldades. Num mundo que parecia esta dividido em lugares onde os judeus não podiam viver e nos quais não puderam entrar, foi em Portugal que muitos se refugiaram, em 1938. Depois, após junho de 1940, transformou-se no único caminho de evasão em massa na Europa ocidental.»
Irene Flunser Pimentel, historiadora
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