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32 poemas de Manuel Alegre inspirados na paisagem, história e gentes do Alentejo. Um belíssimo livro e um excelente trabalho gráfico. Poema Também Sou Alentejano / a José Manuel Mendes / Fernando Pessoa não gostava de sobreiros / Não sei se saberia do milhafre e do arrepio / circular do seu grito. / Mas percebia com certeza do interdito / da passagem / do rio. / Talvez soubesse do raiano / do mágico logaritmo de outra margem / e de um azul secreto dentro do azul. / Mas ele era só Baixa só urbano. / Sentia na cabeça e na palavra. / Eu gosto dos caminhos para o sul / onde passa o cigano e a rola brava. / E também sou alentejano.
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(Luis Santos / LuisXXI)