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Por mais completos que sejam os dons expressivos do grande Artista nunca ele se chega a exprimir totalmente. As suas virtualidades ultrapassam sempre as suas realizações. E o mais alto grau do seu exprimir-se é talvez a sua faculdade de continuamente sugerir que não conseguiu exprimir tudo. Em todas as grandes Obras se sente esse para lá do expresso. Isto escreveu José Régio no longínquo ano de 1932, com ou sem consciência de que este seria deveras o seu drama. Porque sempre Régio escreveu sobre a mesma coisa: sobre si e sua relação com o mundo e divindade em que acreditava. Na realidade, sempre "As Encruzilha¬das de Deus" foram as de si próprio. Nesta perspectiva, ao contrário do que muitos pensam, Régio não foi nunca um ser conformado. Ou, como ele dizia: Não vou por aí...- o que equivale à afirmativa que ele censurava asperamente os valores em que acreditava, fossem religiosos, sociais ou políticos. Mas faz bem recordar, descobrir o que jaz nos alicerces do que somos hoje literariamente. A antologia que agora se apresenta obviamente nasce com este propósito.
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(Luis Santos / LuisXXI)