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Dentre os nomes dos grandes renovadores do fazer teatral do início do século XX, que impulsionaram a arte da encenação para a modernidade, Adolphe Appia é presença tão marcante quanto Gordon Craig, Stanislávski ou Meierhold. As propostas de uma organização cênica em múltiplos planos e especialmente a concepção do espetáculo com a iluminação atuante e a composição musical como elemento organizador fizeram –e fazem— deste arquiteto e coreógrafo um dos mais influentes dos últimos cem anos. Esta edição marca ainda a última empreitada editorial de J. Guinsburg, com a seleção e a tradução dos textos. QUARTA-CAPA Adolphe Appia é uma das personalidades de destaque na renovação estética do teatro ocidental no início do século XX. Arquiteto por formação, cenógrafo por vocação, gênio por natureza, revolucionou o espaço cênico ao propor o uso de diferentes planos e de uma iluminação atuante, tendo a música como elemento ordenador. Appia foi também um filósofo do fazer teatral, e se seus escritos trazem um olhar perspicaz sobre o futuro do teatro, revelam ainda um autor capaz de expor conceitualmente com clareza e exatidão suas ideias sobre a natureza de todas as artes que tomam parte em uma encenação: a música, a luz, a pintura, a escultura, a literatura, a arte do ator. Este A Obra de Arte Viva e Outros Textos traz escritos realizados ao longo de três décadas, selecionados e traduzidos por J. Guinsburg, em um recorte que busca dar ao leitor uma visão a um só tempo ampla e profunda do pensamento que lançou as bases da cena moderna. DA CAPA Imagem da capa: Adolphe Appia, Espaço Rítmico La Cascade, carvão, grafite e pastel branco sobre papel, 1909. Os esboços e desenhos de Appia são representações do que propõe como organização do palco, especialmente em relação à distribuição e sucessão de planos.
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(Luis Santos / LuisXXI)