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10 de Maio de 1940. «Meu sargento, olhe a bandeira branca!» O sargento Witzig do Regimento de Pára-Quedistas de elite da Wehrmacht olha e sorri. O forte de Eben-Emaël, sustentáculo da defesa belga, ferrolho cuja abertura entregará Paris, bastião formidável construído para resistir durante anos a exércitos inteiros, acaba de capitular. E em 50 minutos, diante de um punhado de pára-quedistas largados de madrugada sobre o objectivo. Witzig sabe que um tal sucesso assegura a vitória. Não sabe, porém, que esta operação exemplar servirá de modelo ao mundo inteiro para formar, treinar e lançar nas batalhas difíceis, muitas vezes sangrentas, às vezes desesperadas, mas nunca perdidas, aqueles que virão a ser conhecidos como os «páras».
A história deles recita-se como uma litania: Creta, Bruneval, Arnhem, Dien-Bien-Phu, Suez. Uma litania que é, de facto, um longo martirológio.
Mas os páras, que «olham o céu sem empalidecer e a terra sem corar», fizeram dos seus combates mais do que uma lenda e mais do que um símbolo: uma herança, que aceitam, ao porem a boina encarnada.