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De um dia para o outro o futebol português perdeu a inocência. Boatos e desconfianças, notícias dispersas, afirmações gratuitas. Árbitros solícitos, dirigentes corruptores, prostitutas, tráficos de influências, resultados combinados, classificações viciadas. De repente, descobrimos um pantanal pútrido e infecto. Algumas das personagens mais famosas foram detidas e constituídas arguidos! Não havia mãos a medir para os investigadores. As pressões, os pedidos, as movimentações desenvolviam-se por todos os ramos da sociedade portuguesa e fugiam ao estrito âmbito do futebol. Nem ministros escapavam. O "Apito Dourado" transformava-se na devassa de uma sociedade profundamente corrompida. A pouco e pouco dragava-se a fossa. E o que vinha à superfície soltava um cheiro fétido e penetrante…
Não é por isso de estranhar que, num dos muitos relatórios feitos pela Polícia Judiciária, se possa ler: "Da prova produzida resulta indiciado que todos estes agentes têm como fim abstracto e comum, o controlo efectivo dos resultados desportivos, bem como das próprias instituições que organizam as competições e se unem voluntariamente para cooperar na realização de um programa criminoso, que executam com carácter permanente e estável." Esclarecedor…
Opinadores mancomunados com os alvos da teia da justiça rejubilaram nas páginas dos jornais: "O ‘Apito Dourado’ acabou!" Não, não acabou... Pelo facto de a magnanimidade dos tribunais não ter conduzido aos calabouços os responsáveis por esse "programa criminoso", as suas sombras não deixarão de empestar para sempre a história do futebol português.
Por tudo aquilo que o "Apito Dourado" revelou e implica, eis um livro imperdível para os verdadeiros amantes e defensores da verdade no desporto-rei…