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Um relato extraordinário e hipnotizador, contado com verdadeira força literária e comovente sinceridade.
É assim que as guerras são travadas: por crianças traumatizadas e drogadas com AK-47 nas mãos. As crianças tornaram-se os soldados de eleição. Nos mais de cinquenta conflitos violentos que se travam em todo o mundo, calcula-se que haja cerca de 300 mil meninos soldados. Ishmael Beah era um deles.
Qual o aspecto de uma guerra vista pelos olhos de um menino soldado? Como nos tornamos assassinos? Como paramos? Os meninos soldados foram analisados pelos jornalistas e os escritores tentaram imaginar as suas vidas. Porém, é raro encontrar um relato pessoal de alguém que suportou este inferno e sobreviveu.
Em Uma Longa Caminhada: Memórias de Um Menino Soldado, Ishmael Beah, hoje com vinte e seis anos, conta-nos uma história fortemente cativante: com doze anos, fugiu a um ataque de rebeldes e vagueou por um país tornado irreconhecível pela violência. Com treze, fora recrutado pelo exército do governo e, embora no seu íntimo fosse um rapaz meigo, descobriu que era capaz de actos verdadeiramente terríveis. Com dezasseis anos, foi afastado dos combates pela UNICEF e com a ajuda dos funcionários do centro de reabilitação aprendeu a perdoar-se, a recuperar a sua humanidade e, por fim, a sarar.