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đ Os julgamentos de Haia ou como os homens banais podem ser criminosos de Guerra.
Nos anos 1990, o desmembramento da JugoslĂĄvia provocou conflitos tĂŁo cruĂ©is e brutais que poucos julgavam voltar a ser possĂveis na Europa. Voltaram a crimes de guerra, tendo as NaçÔes Unidas deliberado constituir um tribunal penal internacional, TPI, em Haia, na Holanda. Foi para tentar compreender o que se havia passado na regiĂŁo em que nasceu, os BalcĂŁs, que a aclamada romancista e jornalista croata Slavenka Drakulic acompanhou os julgamentos de alguns doas criminosos de guerra. Mas se entre eles se encontrava o antigo lĂder sĂ©rvio, Slobodan Milosevic, cujo julgamento tambĂ©m Ă© relatado, no centro das atençÔes da autora estiveram as figuras obscuras, os homens comuns cujo poder nĂŁo ia para alĂ©m da sua aldeia ou cidade, seres como Goran Jelisic, um polĂcia que executou muitos dos seus prisioneiros, ou Drazen Erdemovic, que participou no massacre de sete mil muçulmanos em Srebrenica. Ă a trivialidade das suas vidas que torna os seus crimes tĂŁo chocantes, pois nenhum deles era soldado, polĂcia ou guarda prisional, todos haviam tido antes existĂȘncias banais como empregados de mesa, pescadores ou motoristas de tĂĄxi.
Este livro encerra porĂ©m, apesar de todos os horrores, uma esperança: a de que a justiça dĂȘ Ă s geraçÔes futuras a oportunidade de escaparem Ă sombras do passado.
CRĂTICAS DE IMPRENSA
«Slavenka Drakulic Ă© uma perspicaz crĂtica social, com uma fantĂĄstica capacidade de capturar o pormenor revelador.»
The Washington Post
«Este pequeno e tĂŁo lĂșcido livro, Ă© de uma leitura devastadora... torna-se impossĂvel nĂŁo concordar com as Ășltimas palavras da autora: para que foi tudo aquilo? Assim como Ă© impossĂvel nĂŁo aplaudir e chorar com a sua resposta, feita apenas de duas palavras: para nada.»
The Guardian