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AMOR CRIOULO. *** Abel Botelho *** Nota final: João Grave *** Porto: Livraria Lello & Irmão – editores [Proprietaria da Livraria Chardron], 1936. Colecção: Bibliotheca Lello – 16. (17,5 x 11,5 cm.) com [-2] + 390 + [2] pp. Encadernação editorial em tela encerada vermelha, com gravações douradas na lombada. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, manchas ligeiras e um pequeno desgaste nas margens (mais visível nas extremidades da lombada) e apresentando os dourados na lombada um pouco sumidos, mas, de um modo geral, ainda em boas condições. Páginas bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom amarelecido, próprio do papel, e uma ou outra pequena mancha de acidez (raras e de reduzida importância). Atendendo à numeração das páginas, parece, no entanto, faltar uma folha, embora não seja fácil perceber onde, pois o texto está completo e não parece faltar nenhuma folha no início. *** Edição tardia (provavelmente a 4.ª ou 5.ª) deste romance (com o subtítulo de “Vida Argentina”, que não consta nesta edição), publicado pela primeira vez, postumamente, em 1919, e que o Autor, falecido dois anos antes, não teve tempo de concluir. Relata a viagem de um português, João da Silveira, até à Argentina, que procura escapar à República triunfante em Portugal e embora se afaste já de algumas das características mais marcantes da ficção do Autor, que o consagraram como o maior nome do naturalismo português, não representa ainda uma inflexão total, um corte com essa corrente, mas, antes, talvez, uma tentativa, de abrir um rumo novo na sua obra, que o seu falecimento não permitiria. Na interessante nota final, escreve João Grave, sobre Abel Botelho e este seu romance: «Os derradeiros capítulos que compôs, com tanta ternura e tanto relêvo artístico, foram êstes do Amor Crioulo (...). O livro ficou incompleto. Tôdas as pacientes buscas encetadas, para se encontrar a parte final, em Lisboa, onde Abel Botelho tinha a sua casa, e em Buenos-Ayres, onde êle era o representante diplomático do Govêrno da Rèpública Portuguesa, foram infrutíferas. A doença inesperada interrompêra, certamente, o trabalho do escritor insigne, que a morte não tardaria a eliminar da comédia da existência. A acção do romance estava em pleno desenvolvimento quando o braço do seu autor caíu desfalecido. Adivinha-se, no entanto, o desfecho do Amor Crioulo pela leitura dos coloridos, nervosos e movimentados episódios em que a sua tessitura se desenha vigorosamente e o conflito sentimental se estabelece.» *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70