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MARGUERITE YOURCENAR: RETRATO DE UMA VOZ. *** David Mourão-Ferreira *** [Sem ind. de local: Lisboa]: Rolim, [Sem ind. de ano: 1988]. Colecção Ensaio – 2. (20,5 x 12 cm.) com 75 + [1] pp. Capa flexível, com badanas. Bom exemplar. Capa com marcas de manuseamento, alguns vincos de pressão discretos e um leve desgaste nas margens, mas, de um modo geral, ainda em bom estado e limpa. Páginas bem conservadas e limpas, apresentando apenas um ligeiro amarelecimento e uma ou outra pequena mancha (raras). Tem uma pequena etiqueta de livraria colada na primeira página. *** Primeira edição deste livro que reúne dois pequenos ensaios sobre Marguerite Yourcenar, que se tornou particularmente célebre ao ser a primeira mulher eleita para a Academia Francesa. Sobre este livro, escreve o Autor na “Advertência”: «Os dois textos sobre Marguerite Yourcenar que a seguir se apresentam, embora escritos e parcialmente publicados apenas com dois anos e meio de intervalo, situam-se todavia em duas diferentes fases quer do percurso criador quer da imagem pública da genial autora dos Mémoires d’Hadrien. Em Outubro de 1978 – data da elaboração do primeiro desses textos – Marguerite Yourcenar já tinha por um lado erguido o essencial da sua obra, mas, por outro, ainda não alcançara, mesmo em França, senão a disseminada e fervorosa atenção daquela inmensa minoría que um Juan Ramón Jiménez tanto prezava e na qual sempre viu o público ideal para um exigente escritor de raça. Dois anos e meio depois, em contrapartida, graças ao mundano e pacóvio alarido provocado pela recente eleição de Marguerite Youcenar para a Academia Francesa, ei-la convertida de súbito em privilegiada vedeta de magazines ou de programas televisivos destinados ao profanum vulgus e eis os seus livros transformados de repente em quase fetichistas objectos de indiscriminado consumo, se bem que, entretanto e depois disso pouco mais tivesse vindo a publicar que esforçadas adendas a si mesma, por vezes aliás comovedoras, ou que laboriosas ruminações de velhos textos, nem sempre de resto despiciendas. Uma “glória” assim tardia, e tão equivocamente motivada, não foi decerto a que melhor conveio ao seu perfil nem a que melhor merecia a índole da sua obra, cujas fundamentais linhas de força ainda não foram porventura apreendidas no conjunto e cujos espécimes menos divulgados continuam ainda por explorar. A um e outro desses objectivos, se bem que de forma forçosamente sintética, procuram obedecer, com a necessária humildade mas também a intensa devoção de um seu amateur de longa data, os dois breves estudos que se reúnem aqui e que, por isso mesmo, agora que Marguerite Yourcenar desapareceu do mundo dos vivos, pouco terão perdido da sua possível pertinência, se é que não alcançando até novos motivos de interesse e novos foros de actualidade.» *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70