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MEMÓRIAS DE UM BEBEDOR. *** Jack London *** Tradução de Campos Lima *** Este livro, na edição original, intitula-se «John Barleycorn» *** [Lisboa]: Editorial Inquérito, [Sem ind. de ano: 1944 (?)]. Colecção: Obras Completas de Jack London – 1. (19 x 12 cm.) com 294 + [2] pp. Cartonagem editorial. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento e um pouco gasta nas margens e na lombada, que apresenta também discretas fissuras em alguns pontos, tendo ainda as gravações prateadas ligeiramente sumidas em algumas áreas. Apesar de tudo, de um modo geral, está ainda em boas condições e bastante sólida. Páginas globalmente bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom amarelecido e algumas pequenas manchas de acidez (pouco frequentes), tudo devido essencialmente à qualidade do papel utilizado. *** Primeira edição portuguesa deste romance de fundo autobiográfico, considerado um dos melhores do Autor e da própria literatura norte-americana, publicado inicialmente na Saturday Evening Post e depois em livro, em 1913, obtendo enorme repercussão e sendo lido por milhões de pessoas. No romance o Autor narra a sua longa luta contra o alcoolismo e, como escreve Campos Lima, «a propaganda anti-alcoólica tomou conta dêle, e as uniões de temperança, organizações proïbicionistas e ligas contra a existência de casas de bebidas imprimiram folhetos em muitas dezenas de milhar de exemplares com reproduções de trechos da obra. (...) Fêz-se um filme do livro e as distilarias ofereceram somas enormes para a não apresentação da película. O tumulto e a algazarra que se fizeram em volta do livro foram tão grandes que muitas pessoas, que nunca mais tinham aberto um livro desde os tempos da escola primária, compraram «John Barleycorn» e leram-no com avidez. Evidentemente que, se se tratasse de um mero romance de propaganda, sobrecarregado de argumentos, de dados estatísticos, de uma enumeração fastidiosa de episódios torpes de bebedeiras, de uma autópsia sangrenta do vício do alcoolismo, uma violenta diatribe, enfim, contra os que o alimentam e propagam, o livro não teria nunca despertado metade do interêsse que provocou. E nunca teria chegado a sobreviver à lei sêca, quando o seu objectivo havia já sido atingido. O que o fêz destacar-se foi ser, acima de tudo, um romance profundamente humano, sinceramente sentido, confissão corajosa de um homem que, por amor aos outros, pondo de parte todos os preconceitos sociais, se auto-analisa impiedosamente, se expõe até ao mau conceito que dêle possam formar, para arrancar da alma todos êsses quadros de um intenso realismo da sua odisseia de bebedor em luta contra o próprio vício. Foi isso que, independentemente do brado de alarme que erguia contra os envenenadores da juventude, o fêz perdurar e o fará continuar a ser lido como documento de uma época.» (Índice na imagem 4). *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70