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Desenhos de Eduardo Batarda
Comentários de Natália Correia, Armando Castro, Hernâni Cidade e J. Bénard da Costa
Inicialmente atribuída a Padre António Vieira (por erro do impressor do primeiro exemplar descoberto) e nesta edição a um “Anónimo do Séc. XVII”, a presente obra tem sido um desafio para os estudiosos no que concerne a sua verdadeira autoria, desde o seu primeiro aparecimento impresso, algures entre os anos de 1743 e 1744.
O seu título é uma alusão irónica a uma série de publicações do século XVII publicadas em Portugal sob os reinados filipino e D. João IV como a “Arte de Navegar” e “Arte de Orar”, mas ao invés de ensinar a roubar, é antes uma sátira que expõe a corrupção da época e descreve a diversidade de formas de roubar e as espécies de ladrões, dando lições de governação e moralidade e tornando esta uma das obras mais valiosas para a literatura portuguesa de costumes do século XVI e XVII.
É na figura do padre jesuíta Francisco Rodrigues, que mais pistas se encontram para determinar a verdadeira autoria. É ele quem, após descobrir nos arquivos romanos da Companhia de Jesus um manuscrito original coevo do presente texto, apresenta ao “Congresso do Mundo Português” a sua tese atribuindo a autoria ao padre Manuel da Costa. Esta proposta não foi inicialmente bem aceite pelos estudiosos da obra, que não tiveram à época acesso ao manuscrito em questão.
Nesta edição das Edições Afrodite, o texto é acompanhado de desenhos surrealistas de Eduardo Batarda e comentários de Natália Correia, Armando Castro, Hernâni Cidade e João Bénard da Costa.