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Neste romance, Altino do Tojal conta as vagabundagens de três jovens artistas sem vintém, rejeitados e escarnecidos, num mosaico social que vai das colinas minhotas e do seu sossego verde até às grandes cidades ruidosas e dissolventes.
Torrentes de memorialismo harmonizam-se com pedaços de vida colhida em flagrante e como que magicamente filtrada por um sonho clownesco.
A Colina dos Espantalhos Sonhadores, é um livro bem à altura de Os Putos, e de O Oráculo de Jamais, com a mesma densidade poética, a mesma força pungente e a mesma veia irónica - que tem sempre um travo amargo, até nos momentos em que desperta abertamente o riso.
Jornalista, tradutor e ficcionista, nascido em 1939, consagrado com a coletânea de contos Os Putos. A novelística de Altino do Tojal mistura recursos que se diriam da literatura infantil como a descrição do quotidiano filtrado por uma perspetiva mágica e fabulosa do universo, com um realismo de intenção social e com evocações memorialistas, numa escrita em que o poético não exclui a ironia ou a notação amarga da realidade.
Faleceu a 15 de julho de 2018.