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Em 1900, os progressos sociais, os avanços tecnológicos e uma primeira tentativa para limitar as guerras entre os Estados pareciam justificar prognósticos optimistas para o novo século. No entanto, meia dúzia de anos mais tarde, a Guerra russo-japonesa, a primeira revolução russa e a crise de Tânger entre a França e a Alemanha prenunciavam a Primeira Guerra Mundial e a cadeia de eventos que se lhe seguiram e que apenas alguns observadores mais perspicazes conseguiram antever.
Na viragem para o século XXI, os grandes temores estavam todos concentrados na eventualidade de um gigantesco crash informático. Mas em 2005 a cena internacional foi profundamente alterada. O Médio-Oriente e o Extremo Oriente são agora bons candidatos a palco de novas catástrofes históricas. A saga nuclear iraniana, a chantagem da Coreia do Norte, a gravidade da questão de Taiwan e a hostilidade sino-japonesa demonstram que o terrorismo internacional está longe de ser o único, ou sequer o principal, perigo do século.
Hoje, o futuro não é mais previsível do que era em 1905. E é certo que a humanidade está de novo ameaçada pelo regresso da barbárie. Mas ela pode acautelar a combinação dos meios de destruição maciça de que dispõe e as tendências nihilistas resultantes da angústia contemporânea.
Que tipo de ideias merecerão ainda a tomada de riscos em sua defesa por parte das nossas sociedades pós-heróicas? Esta é a pergunta para a qual esta obra apaixonante visa trazer algumas respostas.