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George Orwell (1903-1950) foi um dos mais importantes ensaístas de meados do século XX.
Esta é uma selecção de ensaios que Orwell publicou entre 1928 e 1949, incluindo trabalhos curtos, de apenas duas páginas, e outros de maior fôlego, que chegaram a ser publicados em livro. São ensaios que abordam temas políticos e literários, publicados em revistas e jornais, e servidos por uma prosa magistral.
Orwell escreve porque, muito antes das redes sociais e das fake news, compreende o perigo de dar rédea solta a uma mentira (Porque Escrevo).
Orwell, o autor de Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, o criador do termo novilíngua, escreve porque dá valor às palavras, conhece o seu poder, é sensível aos mecanismos de manipulação do pensamento por via da linguagem obscura (A Política e a Língua Inglesa, Verdade Histórica, Linguagem Religiosa).
Orwell, o cidadão intrínseca e fatalmente politizado, escreve porque defende que toda a arte é um gesto político, um empecilho a pretensões totalitárias, uma arma escarninha contra demagogias (As Fronteiras entre a Arte e a Propaganda, Literatura e Totalitarismo).
«Enquanto escrevo, seres humanos civilizadíssimos sobrevoam-me, tentando matar me», escreve Orwell, sob o fogo nazi, apontando baterias aos intelectuais ingleses desligados da realidade.
2.ª Edição. 2021.
160 Pág.
21 x 13,5 cm