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Esta obra constitui uma excelente oportunidade para compreendermos como os portugueses fizeram mudar os hábitos do mundo, alimentares e outros, mercê das viagens para outros continentes.
Contém um conjunto notável de informações sobre os movimentos de influência mútua entre culturas gerados pela primeira globalização, podemos descobrir aí as origens de hábitos alimentares que os nossos antepassados antes do período dos descobrimentos não poderiam sequer suspeitar ou sonhar.
De facto, “a modernidade começou a elaborar-se no momento em que os homens decidiram modificar a natureza em função dos seus interesses, alargados estes à escala intercontinental. Ou seja, a ecologia-mundo é a consequência directa e inelutável da nova leitura do mundo a que procedem os europeus: o conhecimento permite reforçar e alargar o económico, o que implica a construção de novas formas de relações humanas.
(…) A ecologia-mundo permite a estruturação da economia-mundo, do que não pode deixar de resultar um homem novo, potencial cidadão do mundo” – afirma Alfredo Margarido. “Organizar e banalizar o conhecimento, eis a tarefa principal dos portugueses. Não há hoje paisagem que não conserve um traço, mesmo mínimo, das alterações introduzidas pela actividade portuguesa”.