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Quatro personagens de Viragem formam o núcleo de brancos da narrativa, são eles: Afonso Nogueira, António Alves, Paulina e D Joana. Os dois primeiros são chefes do posto da administração colonial às margens do rio Cuango, e as duas senhoras são respectivamente, esposa de Afonso Nogueira e avó de Paulina.
Esses brancos destacam-se principalmente pela sua frieza no trato com os negros, a sua avareza e a sua maldade.
No romance Viragem, deparamo-nos com uma África bem diferente daquela que deveria ser “espelho cintilante” de um “Portugal centro de um império colonial”. Castro Soromenho soube construir através, do seu olhar atento e criativo, uma narrativa simples, mas extremamente poderosa e desmistificante.
O romance Viragem tem papel fundamental em mostrar a imagem da África,em que se ressalta a denúncia de um sistema colonial extremamente opressor “que não apenas colocava brancos contra negros, mas também negros contra os próprios negros”.