O Trabalho das Nações

A globalização e os avanços tecnológicos dissolvem a relevância das fronteiras nacionais. Em vez de pensar em “economias nacionais” como blocos fechados, o autor defende que o verdadeiro foco deverá ser no tipo de trabalho que as pessoas realizam e nas competências que possuem. Ou seja, Reich defende que, no mundo interdependente e tecnológico, o capital humano é o verdadeiro ativo estratégico de um país. O trabalho não está, dessa forma, “preso” às fronteiras nacionais, e quem quiser prosperar precisa investir em conhecimento, habilidades e inovação.

O autor, divide então os "trabalhos" em três grandes categorias:

1. Serviços rotineiros de produção

• Produção repetitiva em fábricas ou atividades administrativas que podem ser facilmente automatizadas ou transferidas para outros países com custos mais baixos.

2. Serviços pessoais

• Atividades que precisam ser feitas localmente e não podem ser automatizadas com facilidade (ex.: empregados de mesa, cabeleireiros, cuidadores), mas que não exigem formação técnica avançada.

3. Serviços simbólico-analíticos

• Trabalho baseado em resolver problemas, criar ideias, analisar e interpretar informações (ex.: engenheiros, advogados, “designers”, cientistas).

• Este ultimo, é o tipo de trabalho mais valorizado e mais bem pago na economia globalizada, pois depende de criatividade, conhecimento técnico e pensamento crítico.

Consequências para a economia e a sociedade:

• Aumento da desigualdade: Quem realiza trabalho simbólico-analítico tende a prosperar, enquanto os demais enfrentam estagnação ou queda de rendimentos.

• A Competitividade não depende mais só de empresas ou indústrias nacionais, mas sim da capacidade de formar trabalhadores qualificados e adaptáveis.

• Educação e treino tornam-se cruciais para garantir que mais pessoas entrem no setor de maior valor agregado.

Propostas:

• Reformar o sistema educacional de modo a desenvolver competências analíticas, criativas e de resolução de problemas.

• Garantir políticas de redistribuição e redes de segurança social para evitar que a globalização gere exclusão social.

• Incentivar a aprendizagem contínua ao longo da vida.

Capa mole

460 páginas