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Que sociedade é esta que parece ter perdido a confiança na sua juventude? Que a amarrou a uma corrente de regras, tratados, direitos e obrigações, que a fechou numa gaveta que emperrou, para que o indivíduo não crie espaços, ilhas de identidade própria, não lance à sua volta sementes que tragam à superfície o que há de mais profundo em cada um de nós?
Neste livro muitas interrogações esbarram nessa cadeia de convenções que foi orientando pais e filhos, professores e educadores ao longo de uma vida onde aconteceu morrer Guilherme, chorar Martim, sofrer João, adolescentes que nestas páginas gritam, abanam, ferem porque sozinhos e muito cedo souberam que "o mais forte é aquele que aguenta, firme, a verdade, a solidão e a dor".
Pela voz da sociedade a juventude nunca poderia acontecer, mas neste soberbo livro ela luta pela verdade, agiganta-se, reinventa o código que ajusta as particularidades e deixa a cada um o caminho largo da sua realização.