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O estranho e o bizarro, o revolucionário e o escandaloso, o factual e o fraudulento, o antigo e o moderno, todos suscitam e mantêm o interesse, embora por curto espaço de tempo, por esse vasto campo que é o desconhecido. No entanto, existe neste notável repositório, tão rico em estranhas ocorrências, testes invulgares e factos excitantes, uma presença constante. Essa presença é a mente humana. Pois praticamente tudo quanto é abarcado pelo desconhecido, por mais fantástico que seja, relaciona-se de certo modo com as percepções do homem e com o conhecimento que o mesmo possui da sua consciência individual e da sua mortalidade.
Assim, se alguns dos relatos que se seguem parecerem exigir aceitação ou rejeição instantânea, seja tolerante na formulação de um juízo. O desconhecido é um mundo ilusório e enganador, cuja abordagem é em muitos casos mais correcta se se focarem ideias em vez de provas, perguntas em vez de respostas. Embora as respostas faltem frequentemente e as provas sejam muitas vezes inconvenientes, é nas perguntas que abundam, e quando apreciadas globalmente, formam um retrato notável e muito rico da condição humana.
Não surpreende, pois, que muitas das tentativas do homem com vista ao aprofundamento do inexplicável tenham sido consideravelmente egocêntricas. As intrincadas permutações astrológicas, por exemplo, sugerem que os céus estão interessados no destino individual, e a adivinhação nas suas muitas formas postula uma íntima correspondência entre o homem e a Natureza. Da mesma maneira, a crença na reencarnação expressa uma insistência na imortalidade do homem, tal como o espiritismo, à sua maneira, é um protesto contra o fim que representa a morte. Que objectos voadores não identificados possam ser naves espaciais de outros mundos não passa para muitos de mera possibilidade; no fim de contas, não valerá a pena viajar pelo Universo para ter uma visão do homem?
Capa Dura
352 Páginas
Data de Publicação: 1983