Sê o primeiro a adicionar este livro aos favoritos!
Em 1963 publicava-se “Diário Mínimo”, uma colectânea de divertissements e paródias literárias, que desde então foi regularmente reeditada e apresta-se a celebrar trinta anos de afortunada e constante presença nas livrarias e à cabeceira de pelo menos três gerações de leitores.
Porém, durante estes trinta anos, Umberto Eco não parou de elaborar outros “diários mínimos”, publicando alguns aqui e acolá e confiando outros «à tradição oral» (como acontece com algumas canções à boire filosóficas).
Aqui temos então, nesta nova colectânea, alguns textos já célebres, outros ainda desconhecidos e outros ainda reeditados «a pedido geral», como aquele livrinho de história da filosofia em versos (Filósofos em Liberdade) que se tornará já uma peça de alfarrabista. Para a ocasião o autor seleccionou também Le bustine di Minerva mais divertidas, publicadas no semanário L’Espresso de 1986 até hoje.
De seguida temos a análise literária de Três Corujas no Tremó, os textos da Cacopédia, a entrevista com Pietro Micca, a inflamada história galáctica de Estrelas e Estrelinhas, um inédito de Dante sobre Saussure, Proust, Mann e Joyce traduzido por miúdos, o Hino Sagrado sobre a Gnose de Manzoni, as aventuras da PP2, um diálogo entre computadoristas babilónos de há sete mil anos e uma série de instruções para o Uso em que se explica como abrir um embrulho, como ter férias inteligentes, como comportar-se com os Bonga, como comer no avião, como viajar com um salmão, como não dizer exacto, como interagir com um taxista, o que fazer quando se perdeu a carta de condução, além de uma secção de jogos verbais, lipogramas, anagramas e pangramas…
Tudo para ler em voz alta com os amigos, para brincar em silêncio, para nos divertirmos treinando variações possíveis.
O fio condutor de todos os textos — que renovarão o prazer dos fiéis dos primeiros “diários mínimos”, mas também conquistarão e deliciarão os que os ignoravam — é o de um aparente «deixem-me divertir» que porém deixa transparecer sempre uma irónica indignação sobre episódios do costume nacional, um afectuoso à vontade com os temas culturais que outros tinham sabido tornar impérvios e um constante sentimento da linguagem como terreno de jogo.
Tradução: Alessandra Balsamo
Data de Publicação: 1993
Capa Mole
396 Páginas