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«Mas, sempre que
entro naquela maldita
casa, corro o risco de sair
de lá doido. Por causa das
portas. Nem sequer se mantêm
fechadas, se não estiverem
trancadas à chave.
E, depois de as fecharmos, ouvimos
sons vindos detrás delas; sons que
convencem uma pessoa de que deixou
alguém encarcerado lá dentro. Mas, quando
não fechamos as portas à chave, elas ficam meio
abertas, permitindo-nos olhar para a divisão
seguinte, dando-nos a ideia de que está alguém
a segurá-las de propósito.»
A chave para uma casa, a chave para um coração, a chave para um segredo
chaves, literais e metafóricas, que não se limitam a abrir momentos das vidas
das suas personagens; estas chaves prometem-nos também os difíceis labirintos que
se estendem para lá disso.
Os contos de Helen Oyeyemi, lembrando contos de fadas, lições de História, mitos
e lendas, vivem numa multiplicidade de tempos e paisagens, fazendo com que as
fronteiras de realidades coexistentes se toquem, transformando ladras em heroínas,
homens moribundos em pais, e criando bibliotecas de rosas e jardins de livros.
Em O Que não É Teu não É Teu, todas as chaves são portas, oferendas e um convite
à descoberta de um universo onde a beleza poderá, talvez, existir.
«O mundo ficcional de Oyeyemi é cintilante e excêntrico,
uma "implosão de memória", como diz uma das suas personagens.»
The New Yorker