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A vida e a obra de Mário Sacramento não podem ser dissociadas da circunstância histórica do tempo que lhe foi dado viver, com as suas possibilidades e os seus limites. Nas condições em que então era possível debater questões relevantes para a sociedade portuguesa, o ensaísta soube viver e interpretar “o drama tensional entre a necessária afirmação da praxis e a necessária interrogação da teoria”.
Falamos de um tempo em que não era fácil discutir ideias, em que havia prisões arbitrárias para quem ousava pensar ou escrever diferente dos cânones impostos pelo regime. Anos de chumbo, povoados de sombras e medos de rumar a Peniche, a Caxias, ao Tarrafal, ou até de sucumbir às minas e emboscadas da guerra colonial. Um tempo em que a censura amordaçava a imprensa. Salazar dizia que “o jornal é o alimento espiritual do povo e deve ser fiscalizado como todos os alimentos”.
Contém alguns sublinhados