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295 págs
Virgílio Alberto Nunes Martinho (1928–1994)
membro do Grupo do Café Gelo, estreou-se na ficção em 1958, com a novela fantástica Festa Pública a que se seguiu o romance O Grande Cidadão (1963) que em 1976 adaptou para teatro, os contos Orlando em Tríptico e Aventuras (1961), Rainhas Cláudias ao Domingo (1972), Relógio de Cuco (1973), A Caça (1974), o romance O Concerto das Buzinas (1976) onde relatou a sua experiência de 1949-1950 na prisão do Aljube e os contos O Menino Novo(1989). Martinho usou uma escrita comprometida com o tempo que vivia e crítica do Salazarismo, com alegorização ideológica.
Das várias tertúlias de cafés lisboetas que Virgílio Martinho frequentou nas décadas de 50 e 60 do séc. XX, destaque-se a do Café Gelo, próxima do movimento surrealista, com Alexandre O’Neill, António José Forte, António Maria Lisboa, Cruzeiro Seixas, Herberto Helder, Luiz Pacheco, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria e Pedro Oom, entre outros. Note-se que Martinho escreveu o texto de apresentação da exposição de António Maria Lisboa de 1961 no Instituto Superior Técnico, colaborou nas antologias Surrealismo/Abjeccionismo (1963) e Intervenção Surrealista (1966), prefaciou em 1967 a Crítica de Circunstância de Luiz Pacheco logo apreendida pela PIDE e com Ernesto Sampaio, escolheu os textos para a Antologia do Humor Português editada em 1969 pela Afrodite. Em 1991, fez também uma colagem de textos dos membros da tertúlia deste Café, O Gelo à Mesa, ainda hoje inédita.
Ligeiro amarelecimento do papel.