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Escrito há mais de seis décadas, Eu, Cláudio permanece como um dos mais soberbos romances históricos alguma vez escritos, fazendo de Robert Graves um mestre do género. Com grande talento e acutilância, o autor aborda com destreza invulgar um dos mais conturbados períodos da história de Roma: se, por um lado, a era de Augusto serviu para consolidar fronteiras e para demonstrar o verdadeiro poder de Roma e do seu exército, os seus sucessores mergulharam a cidade num clima de incessantes intrigas palacianas, fazendo da manutenção do poder e da eliminação de adversários políticos as suas principais preocupações; um cenário onde os laços familiares não constituíam o mínimo empecilho à traição ou ao assassinato. Detentor de grande poder descritivo e de um sentido histórico ímpar, Robert Graves conduz-nos pelos corredores do poder e dos seu meandros, mostrando-nos os vícios e as virtudes do Senado, a grandeza de Germânico e a astúcia de Lívia, a majestosidade de Augusto e o oportunismo de Tibério, a demência de Calígula e, claro está, os fortúnios e infortúnios de Cláudio: o Imperador que não o queria ser. O historiador gago, coxo e aleijado que, contra todas as previsões, acabaria por se revelar uma das figuras centrais de uma das mais importantes páginas da história de Roma.
Livro em excelente estado, rigorosamente como novo, editado em 2003 pela Lyon Edições, com 405 páginas.