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No final dos anos vinte, a família de um padeiro judeu instala-se num vale a oeste de Jerusalém. Ali, à volta do forno, vão viver, unir-se, dilacerar-se três gerações.
De regresso após trinta anos de exílio, Esaú, o narrador, traça a epopeia da sua família. Misturando personagens imaginárias ou míticas, e personagens reais – Sara, formidável «Mãe Coragem» primitiva e apaixonada, filha de convertidos russos, Abraão, o pai, orgulhoso de ser descendente de uma longa linhagem sefardita, Tia Dudutch, ama inesgotável, Jacob, enfim, irmão gémeo do narrador que lhe disputa o amor materno – o relato de Esaú evoca com truculência e humor a população variegada da sua terra ancestral.
Fresco lírico e colorido, sensual, abundante de imagens, de sons e de odores, O Beijo de Esaú é também uma brilhante alegoria sobre a memória, a herança e a separação.