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O volume reúne as crónicas semanais que publicou no jornal Público, "páginas magnificas de imaginação e de verve narrativa, que poderiam confirmar se necessário - mas não é - a exemplaridade daquela que se tem por uma das prosas de ficção mais competentes do universo literário em Português. José Augusto Cardoso Pires Neves, ou só José Cardoso Pires, discorda veementemente. Nunca o apanharemos em pecado de orgulho ou empáfia latina. Apertado pelo mesmo Mãos de Seda, autodefine-se como «inventor de pessoas». Está bem achado, bate certo com o autor. Evidentemente que, inventando-as, não as recria de uma só peça: compõe-nas por vezes de diverso material, ou então agarra-as do natural e carimba-as para todo o sempre. J. C. P. fecit. Em A Cavalo no Diabo, que organiza no índice segundo dez rubricas, poderíamos singularizar algumas áreas como o conto genuíno, escrito (e mais de uma vez publicado) como tal; a recuperação do território sentimental da adolescência e do princípio da idade adulta, Arroios, Chile, Almirante Reis, Socorro; as viagens como pretexto; as notas de leitura; e uma outra matéria pretextual que tem vindo a usar no Público, que é o próprio noticiário da Imprensa aproveitado para fins críticos ou de irrisão, esta naturalmente mais frequente." (Jornal de Letras, Lisboa, 21 de Dezembro de 1994)