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"Um sopro de desesperança e abandono atravessa as páginas de “O Anjo Ancorado”. Desenhado ao correr de uma tarde na pequena aldeia de S. Romão – pequeno povoado das cercanias de Peniche onde vive um punhado de almas em casas “como gaiolas de adobe e falheiro, empoleiradas sobre o oceano” –, o livro conta a chegada de um homem e de uma mulher no seu Talbot-Lago, ele disposto a mergulhar nas águas profundas para uma par de horas de caça submarina, ela apenas para o acompanhar e entregar-se a uma longa espera. Nem mistério, nem romance, nem entusiasmo, nem ilusões. Nada. Apenas dois corpos voltados sobre si mesmos e meia dúzia de frases esparsas num “deserto”, uma falésia pedregosa e nua batida pelo vento, o clamor das ondas e os gritos das gaivotas em fundo." Joaquim Margarido