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Quando a subir Alfama se abre uma janela, é como um apaixonado a abrir a boca. Todas as palavras parecem ser puro oxigénio. O poeta abre a boca e toca-te com palavras. Em tom aguerrido ou em voz que adoça, cada palavra que compõe um fado faz parte de uma história. Tantas histórias tem Lisboa, tanto amor em cada história.
São pedras, são rosas. São rosas que, com persistência, nascem sobre pedras. São jardins sobre rochedos secos, são cores que enfeitam o corpo despido da mãe natureza. Na verdade são pessoas. Pessoas que lutam, que persistem, que amam. Pessoas que vestem a pele seca e castanha da terra despida e tornam-na colorida de nobres princípios. São pessoas, a maior riqueza desses grãos de terra que fazem o atlântico curvar-se.